Em qual dos trechos abaixo o recurso da intertextualidade é empregado para construir uma crítica social?

(A) - 
 "O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente." (Fernando Pessoa)
(B) - 
 "O tempo não para. O tempo roda e roda e roda, E a vida fica acomodada." (Cazuza)
(C) - 
 "A vida é um sonho. A vida é uma ilusão. E a realidade é apenas uma sombra." (Sigmund Freud)
(D) - 
 "Somos todos mortais. Somos todos iguais. E todos nós temos medo da morte." (Epicuro)
(E) - 
 "O dinheiro é a raiz de todos os males. O dinheiro corrompe a alma. E o dinheiro destrói o mundo." (O Novo Testamento)

Explicação

O trecho (E) emprega a intertextualidade para construir uma crítica social ao afirmar que o dinheiro é a raiz de todos os males. Essa afirmação é uma referência ao versículo 10:15 do livro de 1 Timóteo, no Novo Testamento da Bíblia Cristã, que diz: "O amor ao dinheiro é a raiz de todos os tipos de mal". Ao usar essa referência bíblica, o autor do trecho está criticando a sociedade capitalista, que coloca o dinheiro acima de valores morais e éticos.

Análise das alternativas

(A): O trecho (A) não emprega a intertextualidade para construir uma crítica social. O poeta está falando sobre a natureza da criação poética, e não sobre a sociedade. (B): O trecho (B) não emprega a intertextualidade para construir uma crítica social. O cantor está falando sobre o tempo, e não sobre a sociedade. (C): O trecho (C) não emprega a intertextualidade para construir uma crítica social. O filósofo está falando sobre a natureza da realidade, e não sobre a sociedade. (D): O trecho (D) não emprega a intertextualidade para construir uma crítica social. O filósofo está falando sobre a natureza da morte, e não sobre a sociedade.

Conclusão

A intertextualidade pode ser usada para construir críticas sociais, como no exemplo do trecho (E). Ao fazer referência a outros textos, os autores podem criar novos significados e perspectivas, e desafiar as normas e valores da sociedade.