Qual é a principal evidência biogeográfica que apoia a ideia de deriva continental?

A teoria da deriva continental afirma que os continentes se moveram ao longo do tempo geológico, e que estavam todos unidos em um único supercontinente há milhões de anos. Se essa teoria estiver correta, então seria de se esperar que houvesse semelhanças entre as espécies de plantas e animais em diferentes continentes, mesmo que esses continentes estejam atualmente separados por grandes oceanos.

E é exatamente isso que os cientistas observam: existem muitas espécies de plantas e animais que são semelhantes ou mesmo idênticas em continentes que hoje estão separados por grandes oceanos. Um exemplo clássico é o caso dos marsupiais, que são encontrados apenas na Austrália e na América do Sul, dois continentes que estavam unidos há milhões de anos.

As demais alternativas apresentam evidências que também apoiam a teoria da deriva continental, mas não são tão fortes quanto a semelhança entre as espécies de plantas e animais:

• (A): A presença de fósseis de dinossauros em todos os continentes não é uma evidência tão forte, pois os dinossauros eram animais que se adaptavam facilmente a diferentes ambientes.
• (C): A distribuição de espécies endêmicas em ilhas isoladas não é uma evidência tão forte, pois essas espécies podem ter evoluído de forma independente a partir de ancestrais comuns.
• (D): A ocorrência de terremotos e erupções vulcânicas nos limites das placas tectônicas não é uma evidência tão forte, pois esses eventos podem ocorrer por outros motivos.
• (E): A existência de cadeias montanhosas submarinas que ligam diferentes continentes é uma evidência forte, mas não é tão forte quanto a semelhança entre as espécies de plantas e animais.

A semelhança entre as espécies de plantas e animais em diferentes continentes é uma das evidências mais fortes que apoiam a teoria da deriva continental. Essa semelhança sugere que esses continentes estiveram unidos em um único supercontinente há milhões de anos.